sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Cruising - um ensaio poético


CRUISING

um ensaio poético

sabiá
coitelinho















A SUJEIRA DAS 

RUAS

Entre, sem fazer barulho
Aproveitemos
Este curto momento
Em que o mundo baixou a guarda.

Entre, sem ninguém te notar
Pois eu sei o que queres
Trago na palma da mão, cortada.

Entre, sem reparar em nada
Não temos muito tempo.

CRUISING (I)

En las calles sucias
Cuando estés en el baño
Te olvidas de mí
Yo no te olvido por nada.

He fumado cigarrillos
Por las plazas donde vuelvo
Sabes lo que quiero
Yo no sé lo que quiero.

El bareback de nuestros días
Se mezcla con las esquinas
Te gusta y no sabes
No me gusta como antes.

CRUISING (II)

El amor de los bajos fondos
De los chicos
De las noches sin otoño
De la oscuridad
De los baños
De los lugares sin adjectivo.

El amor de las caras rotas
De la basura cotidiana
Que no eliminamos de dentro.

El amor de los asesinos
De las putas viciosas que nos miran
Com sus ojos cerrados.

TANGO

Talvez todos estejam certos
Não deve haver mais tempo
Para nós dois
Bebermos um copo d'água
Lembra quando a gente gozava
Bebendo água nas nossas próprias mãos?

Eu não sei o que pensas
Pare de escutar essas vozes
Que só existem
Dentro dessa tua mente perturbada
Lembra quando a gente gozava
Bebendo água nas nossas próprias mãos?

Todas as minhas poesias
São de amor, sabes muito bem
Não passamos
De um tango antigo na vitrola
Lembra quando a gente gozava
Bebendo água nas nossas próprias mãos?

BAREBACK

A primeira vez
Fumamos juntos o mesmo cigarro
Depois você me disse
Determinadas atrocidades
Que eram as mais lindas do mundo.

A última vez
Eu me lembrei do primeiro cigarro
Mas não havia
Mais cigarros para fumar
O silêncio deu lugar às reticências.

ESQUIZOFRÉNICO

Hemos vivido
Algo que es raro
A veces me siento vacío
Pero sabes lo que pienso
Por más que no comprendas
Has leído en  mis manos
Eres tú
También
Una de esas voces
Que laten en mi mente,