quarta-feira, 23 de março de 2016

Lugar

Para esse lugar
Onde você escondeu
Mal escondido
A coisa mais linda.

Para esse lugar
Que não se sabe o trajeto
Lá a braquiária
Não derrete no inverno.

Para esse lugar
Me leve pelas mãos
A minha loucura fechou estes olhos
Para abrir outros.

quinta-feira, 17 de março de 2016

A poesia de Itapuã

A poesia de Itapuã
Bêbada
Debochada
Exalando rimas
Quando o mar
Fica de três cores
Azul escuro
Azul claro
Verde.

A calma da paz

Cada pedaço de nós
Isso que nos faz
Tanta falta
Na interseção
Com o tempo
Que tanto nos afasta
Bem mais
Que a distância.

Cada pedaço de nós
Em poesia
Os duplos sentidos
Pra esconder
A calma da paz
Daquela paz que só foi
Um pouco da gente
Fomos mais que isso,

Cada pedaço de nós
Que eu queria tanto
Esquecer
Nós escrevíamos
Nas paredes
Para se lembrar
Que nunca passou
O que tanto lateja,

domingo, 13 de março de 2016

A grande puta

Minas, a grande puta
Com seus olhos de tesão
Com sua boca de tesão
Com o tesão
Entre os seios
Entre as pernas
Com o tesão
Entre os dedos
Com o tesão
Nas vísceras.

Minas
A grande puta.

sábado, 5 de março de 2016

Anti-poesia

Esta anti-poesia
É pra rasgar tua existência
Pobre fraqueza do homem
Pecado sem volta
Arredio entreposto entre tantas
Aberrações.

Esta anti-poesia
Não poderia ser de outra forma
O anti-amor e eu como um punk
Mal sei escrever miseráveis
Entrelinhas de estupidez
Sem vírgulas e com vícios.

Esta anti-poesia
Poderia te fazer pior ainda
Do que já és, santa impossibilidade
O nosso grande problema carnal
É que separamos o ser o estar
Pela vida inteira.