Se aproximou de mim
Para me dizer a verdade
Então ela chorou
E então me silenciei
Por dentro
Depois de notar a presença
De alguns demônios
Que vomitavam
Prosas descabidas
Eu concordei em gozar calado
Visto que é pouco
Quase uma miséria
Pois eu reparei tua face
No rosto dela tinha graxa
A roupa cheia de bolor
Nos bolsos, serpentes sem cabeça.
segunda-feira, 15 de agosto de 2016
sábado, 13 de agosto de 2016
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Prepóstero
Numa mesa abarrotada
De veneno e bebida alcoólica
Na embriaguez
Do prepóstero
Usavam um pó da cor
Amarela
Quando foram mijar
Encontraram um útero na privada
Com um feto morto
De uma gravidez psicológica
Enquanto lá fora
Uma madrugada tropical
Cega
E distorcida
Gritava enfurecida
Dialetos modernos.
De veneno e bebida alcoólica
Na embriaguez
Do prepóstero
Usavam um pó da cor
Amarela
Quando foram mijar
Encontraram um útero na privada
Com um feto morto
De uma gravidez psicológica
Enquanto lá fora
Uma madrugada tropical
Cega
E distorcida
Gritava enfurecida
Dialetos modernos.
Campanário
De longe
Vê-se um campanário
Ouve-se histórias assustadoras
De índios mortos e civilizados
Da dor do trabalho
Na labuta da roça em chamas
Da braquiária em chamas
Da terra em chamas.
Aquele campanário da minha infância
Quando eu aprendi a fumar
Toca silenciosamente agora
Aquele campanário
Toca dentro de mim.
Vê-se um campanário
Ouve-se histórias assustadoras
De índios mortos e civilizados
Da dor do trabalho
Na labuta da roça em chamas
Da braquiária em chamas
Da terra em chamas.
Aquele campanário da minha infância
Quando eu aprendi a fumar
Toca silenciosamente agora
Aquele campanário
Toca dentro de mim.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
Os adulterados
Os gotas de sangue
Que respingaram nas paredes
Também tinham o teu cheiro
Mas aparentemente
Não havia nenhuma ferida
Não havia
Nenhum cadáver
Não havia
Motivos ou fatos reais
Tudo foi tão nosso
Tudo foi tão em vão
Mas a verdade
Está em nossos óculos escuros
Porque a mentira vomitando
Prazos de validez
Já não pode mais
Nos tocar.
Nos corpos em que te busco sem cessar
Nas feridas internas de órgãos perfurados
Porque o medo mijando
Putas limitações
Já não pode mais
Nos tocar.
Não negues as cores do mar da Bahia
Ele me repete tudo o que nós dois vivemos
Porque a covardia cagando
Maldita nostalgia
Já não pode mais
Nos tocar.
Que respingaram nas paredes
Também tinham o teu cheiro
Mas aparentemente
Não havia nenhuma ferida
Não havia
Nenhum cadáver
Não havia
Motivos ou fatos reais
Tudo foi tão nosso
Tudo foi tão em vão
Mas a verdade
Está em nossos óculos escuros
Porque a mentira vomitando
Prazos de validez
Já não pode mais
Nos tocar.
Nos corpos em que te busco sem cessar
Nas feridas internas de órgãos perfurados
Porque o medo mijando
Putas limitações
Já não pode mais
Nos tocar.
Não negues as cores do mar da Bahia
Ele me repete tudo o que nós dois vivemos
Porque a covardia cagando
Maldita nostalgia
Já não pode mais
Nos tocar.
domingo, 7 de agosto de 2016
Ensaio poético: PREPÓSTERO
ensaio poético:
PREPÓSTERO
POR SABIÁ COITELINHO
PRÓLOGO
Depois
da turbulência
A
calmaria
Como
uma forte ressaca
Nossos
corpos nus
Uma
tal sensação
Que
não passa
Você
olha para si
Percebendo
a estranheza
Essa
tal sensação
Que
não passa
A
liberdade dos pássaros
É
fazer o mesmo percurso sempre
Como
tal sensação
Que
não passa.
O
LADO MAIS LINDO DA VIDA
As
poesias mais sujas
Que
falam de você
Como
canções de Caetano Veloso
Ou
o suicídio de Jack Kerouac
Ou
você acha que um
Alcoólatra
não é um suicida?
As
poesias mais sujas
Que
falam de você
Certas
esquinas da cidade
Nessa
suja e erótica Bahia
Com
seus anjos e demônios
Com
o seu sexo exposto.
As
poesias mais sujas
Que
falam de você
Mastigadas
pela censura
Que
nós mesmos reproduzimos
Porque
elas conseguem entorpecer
O
lado mais lindo da vida.
AMOR
Nesses
copos sujos
De
batom sangue desbotado
Com
bebida quente falsificada
Nesses
corpos mensuráveis
No
amor fútil e escavado
Em
encontros que são desencontros
Nessas
drogas que não podem
Me
aproximar ou me distanciar
Disso
que é inaceitável e frívolo
Nessas
esquinas vazias
Onde
eu me entristecia sozinho
Porque
eu apenas me afastava
Nesses
textos estuprados
Que
não podem me libertar
Nem
estancar, nem lhe convencer.
COCAÍNA
Tudo
o que fiz
Foi porque eu te amava
Eu sou a cocaína
Teu nariz escorrendo
Teu coração acelerado
Tuas pupilas.
Foi porque eu te amava
Eu sou a cocaína
Teu nariz escorrendo
Teu coração acelerado
Tuas pupilas.
MINAS
Tudo
o que vimos
Não
é fácil descrever
Porque
ainda estamos atordoados
Com
as vistas embaralhadas
E
sem explicações
Já
sabemos que o infinito
Que
vimos
É
menor que este que está
Além
de nós
Tudo
é maior
Que
as nossas ralas concepções
Quando
você ler essas palavras
Isso
ficará mais claro.
Quando
você ler essas palavras
Espero
que você escreva outras
Pois
estas não podem ser as únicas.
Quando
você ler essas palavras
Saiba
que anteontem eu sonhei contigo
E
acordei tão feliz.
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