quarta-feira, 1 de junho de 2016

No vigésimo andar, suicidas contemplam a cidade

Se formos nos jogar
Segure minha mão, por favor
Tenho medo de altura
Mesmo desejando o infinito
Temor àquilo
Que não é instantâneo
Daquilo que não foge da gente
Algumas coisas não são de plástico
Porque a materialidade desvanece.

Se formos nos jogar
Segure minha mão, por favor
Eu sei que não tenho
Motivos para recear tanto a partida
Mas deixemos as luzes acesas
Já que sabemos  que o final de tudo
Não é um julgamento
Mas sim um banquete
Para os filhos pródigos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário