Mar de Itapuã
Tínhamos muito tempo
Tanto tempo
Que as horas correram
Confusas
Fugidas
E não havia mais nada
Entre o meio dia.
Mar de Itapuã
Que hoje despertou tão azul
Me fez lembrar o que já tinha esquecido
Mas não me buscou
Onde eu sempre havia estado
Sem ócio e sem tédio
De pau duro e sem pensamentos.
Mar de Itapuã
Me deixe partir em paz.
terça-feira, 26 de abril de 2016
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Coitelismo
A beleza desta poesia
Não deve-se às guitarras distorcidas
Ou às líricas geniais
É a intensidade do mormaço
Do psicotrópico
Da terra vermelha
Do vermelho, cor de mundo.
Não deve-se às guitarras distorcidas
Ou às líricas geniais
É a intensidade do mormaço
Do psicotrópico
Da terra vermelha
Do vermelho, cor de mundo.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Mi pintalabios [en español]
De todas las nuestras poesías en inglés
Que escribimos aún locos de heroína
Desnudos en la cama.
De nuestros deseos calientes
Y de las tardes calurosas que no eran nuestras
Todo es tan vulnerable y imperfecto.
De nuestra resaca de sexo y de cerveza
Tus pechos son las calles dónde sigo
Mi pintalabios está por todo tu cuerpo.
Que escribimos aún locos de heroína
Desnudos en la cama.
De nuestros deseos calientes
Y de las tardes calurosas que no eran nuestras
Todo es tan vulnerable y imperfecto.
De nuestra resaca de sexo y de cerveza
Tus pechos son las calles dónde sigo
Mi pintalabios está por todo tu cuerpo.
terça-feira, 19 de abril de 2016
Outro dia
Ficou para outro dia
Isso que tanto nos aperta agora
Estamos muito bêbados
Para uma conversa sincera
Mais sincera que racional
Estamos como bichos
Temos vivido
Como animais
Comendo sacos de lixo.
Ficou para outro dia
Esse desejo que não passa
Eu não quero somente enfiar minha rola em você
Quero pichar seus dias
Quero masturbar suas recordações
Quero gozar nas suas imperfeições.
Ficou para outro dia
O que chamamos de eterno
Que passou tão rápido
Entre nós dois
Que nem reparamos.
Isso que tanto nos aperta agora
Estamos muito bêbados
Para uma conversa sincera
Mais sincera que racional
Estamos como bichos
Temos vivido
Como animais
Comendo sacos de lixo.
Ficou para outro dia
Esse desejo que não passa
Eu não quero somente enfiar minha rola em você
Quero pichar seus dias
Quero masturbar suas recordações
Quero gozar nas suas imperfeições.
Ficou para outro dia
O que chamamos de eterno
Que passou tão rápido
Entre nós dois
Que nem reparamos.
domingo, 10 de abril de 2016
Ensaio: Os casos íntimos de Arnaldo Schneider
OS
CASOS
ÍNTIMOS
DE
ARNALDO SCHNEIDER
Por Sabiá Coitelinho
GENGIBRE
Nunca passou
Por mim e por minha mente
Tal possibilidade
Eu nunca disse que eu era herói.
Se você não percebeu
Eu sou vilão.
AMOR
Fazer amor
Milhares de vezes
Depois acordar
Como se fosse ontem.
Fazer amor
A cada quarto de minuto
Depois gozar
Pela cidade inteira.
Fazer amor
Sem medo de nada
Depois gavar
A beleza do mundo.
TARDES
Só encosta em mim
Entrega-me
Tudo aquilo que te pesa.
Só fume comigo
A vida é a duração de um poema
Tudo passa, passaremos.
Só esfrega em mim
Entardeça-me
Para vermos o clarão da cidade.
O LADO BOM DO AMOR
Eu pediria
Para o lado bom do amor
Durar um pouco mais
Para acordarmos com ressaca
Sem preocupar com o meio-dia.
Eu pediria
Para o lado bom do amor
Esticar por mais tempo
Para escurecer as nossas vistas
Como se fosse o primeiro cigarro.
BARBUDO
Eu te devoro
Não adianta
Seus homens
Suas mulheres
Não apagam esse fogo
Eu sou aquele barbudo
Que te transtorna.
Eu te devoro
Eu sou aquele barbudo
Que te transborda.
sábado, 9 de abril de 2016
Nos dias em que acordo lúcido
Eu sou
Muito sentimental
Como a praia de Itapuã.
Também muito arrogante
Nos dias em que acordo lúcido
Também nos dias em que não sofro.
Eu sou
Um analfabeto sem poesias
Nos outros dias.
Muito sentimental
Como a praia de Itapuã.
Também muito arrogante
Nos dias em que acordo lúcido
Também nos dias em que não sofro.
Eu sou
Um analfabeto sem poesias
Nos outros dias.
quarta-feira, 6 de abril de 2016
Meu pau, tua buceta, nossa solidão
O que temos
Para hoje?
Nos teus lábios têm palavras
Na tua pele
Preta
Amor e suor
Calor
Na TV ligada
Vomitando ideologia
No pouquinho de paz
Que existia em nós
Na areia da praia
Dentro do teu útero
Não tenho te encontrado
Nesta multidão
Desorientada
Eu te vi
Bem de tardinha
Enquanto a cidade
Estava vermelha
Pelo sol e pelo medo.
O que temos
Para hoje?
Poesias pornográficas
Meu pau, tua buceta, nossa solidão.
O que temos
Para hoje?
Além da louça de ontem
Um tantinho de nós.
Para hoje?
Nos teus lábios têm palavras
Na tua pele
Preta
Amor e suor
Calor
Na TV ligada
Vomitando ideologia
No pouquinho de paz
Que existia em nós
Na areia da praia
Dentro do teu útero
Não tenho te encontrado
Nesta multidão
Desorientada
Eu te vi
Bem de tardinha
Enquanto a cidade
Estava vermelha
Pelo sol e pelo medo.
O que temos
Para hoje?
Poesias pornográficas
Meu pau, tua buceta, nossa solidão.
O que temos
Para hoje?
Além da louça de ontem
Um tantinho de nós.
Assinar:
Postagens (Atom)