quarta-feira, 5 de julho de 2017

O deus da guerra

Os poetas que morrem
Nos campos de batalha
Pelo mundo afora:
O deus da guerra
Faminto
Sem dentes
Cego de um olho
Se masturbando
Desleixado
Com as unhas grandes.
Os poetas que morrem
Ensaguentados
Em alguma cova sem nome
Outros morrem de fome
Alguns pelo abandono
Outros pelo esquecimento.
Os poetas que morrem
Do nosso lado
Em trincheiras
Em esquinas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário