domingo, 22 de outubro de 2017

O anonimato das palavras

Talvez sob o anonimato
Das palavras
O teu corpo nu
Esmaltado
A imensidão
De pastagens secas
A idade lhe deixou pior
Ao beijar cada parte tua
Era impossível
Não sentir por dentro
Como era bom
Foder contigo
Nas ruas
Enquanto a totalidade
Cochilava.

Nós não aprendemos nada
Nos prostituindo
Em troca de migalhas
Qual é o nome desse gás?
Que a gente
Cheirava?
Que mudava nossos humores
E fazia as horas
Passarem
Muito ligeiras?

Não foda com essas pessoas
Pensando no que passou
Você não teve escolha
Porque ainda era
Uma criança
Quando matou seus
Próprios pais.

Fale aqui
No meu ouvido
As rimas que  você quer
Que eu escreva.

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