terça-feira, 19 de dezembro de 2017

Os filhos do Golpe

Os filhos do Golpe
Não nasceram de úteros
Acabaram saindo pela garganta
Cortada
Eu queria escrever poesias
Honestas
Mas agora que chove na metrópole
As doenças
Estão acordando
Eles fumam com a
Garganta cortada
Por isso
Sentem tanta paranoia
O seu sangue escorria devagar
Aquela bisca com a morte
Não se findava
O pasto estava sujo
Seres humanos que comem lixo
O querer
Inclusive as montanhas desmatadas
Também querem
Não há saciedade
Tudo lateja
Nada estanca.


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