Os filhos do Golpe
Não nasceram de úteros
Acabaram saindo pela garganta
Cortada
Eu queria escrever poesias
Honestas
Mas agora que chove na metrópole
As doenças
Estão acordando
Eles fumam com a
Garganta cortada
Por isso
Sentem tanta paranoia
O seu sangue escorria devagar
Aquela bisca com a morte
Não se findava
O pasto estava sujo
Seres humanos que comem lixo
O querer
Inclusive as montanhas desmatadas
Também querem
Não há saciedade
Tudo lateja
Nada estanca.
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