Os filhos do Golpe
Não nasceram de úteros
Acabaram saindo pela garganta
Cortada
Eu queria escrever poesias
Honestas
Mas agora que chove na metrópole
As doenças
Estão acordando
Eles fumam com a
Garganta cortada
Por isso
Sentem tanta paranoia
O seu sangue escorria devagar
Aquela bisca com a morte
Não se findava
O pasto estava sujo
Seres humanos que comem lixo
O querer
Inclusive as montanhas desmatadas
Também querem
Não há saciedade
Tudo lateja
Nada estanca.
terça-feira, 19 de dezembro de 2017
terça-feira, 12 de dezembro de 2017
É claro que o amor é bem maior do que isso tudo
É claro que o amor
É bem maior
Do que isso tudo.
Não há navalha
Mais afiada
Do que palavras
E como nos ferimos!
Indigesto
Percurso
Transponível
Transbordante
Amanhecer
Tão triste.
Nunca conheceríamos a paz
Porque nascemos
Para errar
Eu amo
Tudo o que você odeia
Que não tem o dom
De virar uma prosa sensível
De imitar um droga barata
De simular uma foda paga
Terminarei
Com os dedos.
Sentirei sua falta
Quando eu estiver com outras putas
Usando antônimas.
É claro que o amor
É bem maior
Do que isso tudo.
É bem maior
Do que isso tudo.
Não há navalha
Mais afiada
Do que palavras
E como nos ferimos!
Indigesto
Percurso
Transponível
Transbordante
Amanhecer
Tão triste.
Nunca conheceríamos a paz
Porque nascemos
Para errar
Eu amo
Tudo o que você odeia
Que não tem o dom
De virar uma prosa sensível
De imitar um droga barata
De simular uma foda paga
Terminarei
Com os dedos.
Sentirei sua falta
Quando eu estiver com outras putas
Usando antônimas.
É claro que o amor
É bem maior
Do que isso tudo.
sábado, 2 de dezembro de 2017
Descansar
Nos escombros da vida
Onde crianças perdem
As pernas
Aos brincarem
Em áreas
Com minas terrestres
Abandonadas.
Enquanto eles esperam
Pela felicidade
Outros esperam por justiça
Você vai descansar
Enquanto cuido
Do seu sono
Depois que passei sal
Nas suas feridas.
Se você acordasse
Cedo
Teríamos muito para contar
Mesmo que seja difícil
Usar adjetivos
O único poeta
Que você não assassinou
Fui eu
Mas não era a mim
Que você buscava.
Você procurava por elas
As poesias de amor
Que eu teimava
As crianças
Que não têm família
O perfume de estranhos
Que você esbarrou
Pelo tempo.
O que você esperava?
Uma poesia que falasse do belo?
Aqueles meninos
Vivem no gerúndio
Usando drogas e morrendo
Outros se masturbando
Outros estuprando.
Você deveria descansar.
Onde crianças perdem
As pernas
Aos brincarem
Em áreas
Com minas terrestres
Abandonadas.
Enquanto eles esperam
Pela felicidade
Outros esperam por justiça
Você vai descansar
Enquanto cuido
Do seu sono
Depois que passei sal
Nas suas feridas.
Se você acordasse
Cedo
Teríamos muito para contar
Mesmo que seja difícil
Usar adjetivos
O único poeta
Que você não assassinou
Fui eu
Mas não era a mim
Que você buscava.
Você procurava por elas
As poesias de amor
Que eu teimava
As crianças
Que não têm família
O perfume de estranhos
Que você esbarrou
Pelo tempo.
O que você esperava?
Uma poesia que falasse do belo?
Aqueles meninos
Vivem no gerúndio
Usando drogas e morrendo
Outros se masturbando
Outros estuprando.
Você deveria descansar.
terça-feira, 21 de novembro de 2017
Vermelho sangue
Vermelho sangue
Que as santas choram
Sangue tinto
Da primeira
Menstruação
Tomate sangue
Dos corpos sem ficção
De gente
Que não foi corroída
Pelo tempo
Sangre rubro
Desses que morrem
Tão jovens
Vermelho scarlet
De bocas que se desejam
Que se amam
Desesperadamente
Mas acabam por estuprar a si mesmos
A se destruir
Ao maldizer
Ao se ferir
Vermelho alaranjado
Das orgias
Incandescentes
Sangue sangria
Que derrama
E derrama
Termina por virar
Poesia.
Que as santas choram
Sangue tinto
Da primeira
Menstruação
Tomate sangue
Dos corpos sem ficção
De gente
Que não foi corroída
Pelo tempo
Sangre rubro
Desses que morrem
Tão jovens
Vermelho scarlet
De bocas que se desejam
Que se amam
Desesperadamente
Mas acabam por estuprar a si mesmos
A se destruir
Ao maldizer
Ao se ferir
Vermelho alaranjado
Das orgias
Incandescentes
Sangue sangria
Que derrama
E derrama
Termina por virar
Poesia.
sexta-feira, 10 de novembro de 2017
Da condição do outro
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Porque se aproveitar
Da insegurança e da fraqueza alheia
Também é uma forma
De tortura
Em alguns sentidos
Pode até ser
Um tipo
De estupro
É claro que você poderia ficar rico
Vendendo sonhos
Destruindo corações
Armando
Arapucas
Fingindo desfrutes.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Porque pessoas
Não são
Poesias
No coração
Não cabem móveis
Nem orações
Nem campos de concentração.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Na cidade dos suicidas
Eles buscam
A morte
Mas ela se afasta deles
Quando se tem muito
A pagar
Não se precisa de pressa
Para pedir a conta.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Porque lá na cruz
Lhe prometi
Que estarias ainda hoje
Comigo
No paraíso.
Da condição do outro
Porque se aproveitar
Da insegurança e da fraqueza alheia
Também é uma forma
De tortura
Em alguns sentidos
Pode até ser
Um tipo
De estupro
É claro que você poderia ficar rico
Vendendo sonhos
Destruindo corações
Armando
Arapucas
Fingindo desfrutes.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Porque pessoas
Não são
Poesias
No coração
Não cabem móveis
Nem orações
Nem campos de concentração.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Na cidade dos suicidas
Eles buscam
A morte
Mas ela se afasta deles
Quando se tem muito
A pagar
Não se precisa de pressa
Para pedir a conta.
Mas não se esqueça
Da condição do outro
Porque lá na cruz
Lhe prometi
Que estarias ainda hoje
Comigo
No paraíso.
Falar
Falar a língua vulgar
Do povo
Como ejaculações
A vida em devenir
Porque a existência
Só se efetiva
Como uma probabilidade
Um
Entre milhões
Mas o verbo ser
Não cabe
No espaço
Ser não é estar
Ser
Não é haver
Palavras novas e velhas
Sentidos particularidades
Gírias modernas
Gozar fora
Pra não ter problemas.
Falar a língua inculta
Da vida
Com suas coxas
Os olhos falam
A pele fala
A respiração fala
As paredes falam
São discordâncias verbais
Tratam-se de histórias
Que mesclam a mentira e a verdade
Tudo na vida
É uma mistura
De mentira e verdade.
Falar a língua sexual
Das bocas que se ferem
Das tardes
Quentes
Já que a propriedade privada
É bem mais que
Pronomes possessivos
O amor não é um verbo
Não se conjuga
Não tem tempo
Não tem pessoa
Não tem Pessoa.
Falar a língua maternal
Que Deus escreve certo
Em linhas
Tortas.
Do povo
Como ejaculações
A vida em devenir
Porque a existência
Só se efetiva
Como uma probabilidade
Um
Entre milhões
Mas o verbo ser
Não cabe
No espaço
Ser não é estar
Ser
Não é haver
Palavras novas e velhas
Sentidos particularidades
Gírias modernas
Gozar fora
Pra não ter problemas.
Falar a língua inculta
Da vida
Com suas coxas
Os olhos falam
A pele fala
A respiração fala
As paredes falam
São discordâncias verbais
Tratam-se de histórias
Que mesclam a mentira e a verdade
Tudo na vida
É uma mistura
De mentira e verdade.
Falar a língua sexual
Das bocas que se ferem
Das tardes
Quentes
Já que a propriedade privada
É bem mais que
Pronomes possessivos
O amor não é um verbo
Não se conjuga
Não tem tempo
Não tem pessoa
Não tem Pessoa.
Falar a língua maternal
Que Deus escreve certo
Em linhas
Tortas.
terça-feira, 7 de novembro de 2017
Diabólicos
Nas esperanças
De grávidas drogadas
Que desistiram
Do aborto
Que fumam um cigarro
Atrás do outro
Depois
Leem
Poesias
Porcas
De um poeta
Que o seu nome
Não faz
A menor
Importância.
Por causa de ti
As horas
Se consomem
Como parafina
Só um pouco de mim
Tem se resguardado
Da chuva
Sei que você
É uma totalidade
E eu sou
O seu complementar.
Nas noites
Em que não há
Mentiras
Você sempre sabe
Que nada passa
Até o nascer
Do dia.
No dia que você
Conseguir
Se feliz
Não vai precisar
De vícios e de
Canções.
Eu metia em você
E seus olhos
Eram
Diabólicos.
De grávidas drogadas
Que desistiram
Do aborto
Que fumam um cigarro
Atrás do outro
Depois
Leem
Poesias
Porcas
De um poeta
Que o seu nome
Não faz
A menor
Importância.
Por causa de ti
As horas
Se consomem
Como parafina
Só um pouco de mim
Tem se resguardado
Da chuva
Sei que você
É uma totalidade
E eu sou
O seu complementar.
Nas noites
Em que não há
Mentiras
Você sempre sabe
Que nada passa
Até o nascer
Do dia.
No dia que você
Conseguir
Se feliz
Não vai precisar
De vícios e de
Canções.
Eu metia em você
E seus olhos
Eram
Diabólicos.
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Uma poesia de amor
Parecia imensa
Mas era apenas
Uma poesia de amor
Sem autoria, sem destinatário
Sem motivo
Por isso
Falava de nós
Porque o amor é caótico
O amor também fere
Também estupra
Também mata
E o nosso amor
Não poderia ser diferente
Você nunca foi ao Porto da Barra
Mesmo que tenha sido
Naquele maldito lugar
Onde fiz as minhas mais profundas
E dolorosas
Promessas de amor
Nenhuma poesia falava de ti
Porque eu nunca fui bom
Para escrever verdades
Nenhuma carta poderia ser enviada
Porque o suicídio
Também é uma superestrutura
Um grande latifúndio
Intransponível
O amor é um imenso retângulo
Delimitado
Por cercas de arame
Farpado
Eu sempre penso em ti
Quando leio jornais esportivos e poesias contemporâneas
Que falam
Daquele tipo de gente
Que não tem final feliz
Não tem justiça
De lágrimas
Que nunca serão notadas
Vozes nunca ouvidas
Porque o que nos une
É muito mais do que a língua
Do que as coxas
Mamilos
Genitais
Você urinava
Em mim
E essas palavras
Perdiam o sentido
Se distorciam
Viravam outras dez.
Mas era apenas
Uma poesia de amor
Sem autoria, sem destinatário
Sem motivo
Por isso
Falava de nós
Porque o amor é caótico
O amor também fere
Também estupra
Também mata
E o nosso amor
Não poderia ser diferente
Você nunca foi ao Porto da Barra
Mesmo que tenha sido
Naquele maldito lugar
Onde fiz as minhas mais profundas
E dolorosas
Promessas de amor
Nenhuma poesia falava de ti
Porque eu nunca fui bom
Para escrever verdades
Nenhuma carta poderia ser enviada
Porque o suicídio
Também é uma superestrutura
Um grande latifúndio
Intransponível
O amor é um imenso retângulo
Delimitado
Por cercas de arame
Farpado
Eu sempre penso em ti
Quando leio jornais esportivos e poesias contemporâneas
Que falam
Daquele tipo de gente
Que não tem final feliz
Não tem justiça
De lágrimas
Que nunca serão notadas
Vozes nunca ouvidas
Porque o que nos une
É muito mais do que a língua
Do que as coxas
Mamilos
Genitais
Você urinava
Em mim
E essas palavras
Perdiam o sentido
Se distorciam
Viravam outras dez.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
As meninas se excitam
Nos dias de incerteza
As meninas se excitam
As flores brotam
Às margens do asfalto
Eu estava muito confuso
Escrevendo poesias
Nas paredes
Do teu útero
Era como se
Eu estivesse pichando
A propriedade
Privada
Como se eu estivesse
Cuspindo no poder
Porque o útero é uma
Instituição
No entanto
As lágrimas de uma mulher
Me comovem
Mas não me convencem
Pois sempre falta alguma coisa
Algo que não consigo
Descrever em palavras
Toda xota
Tem cheiro
De vida.
As meninas se excitam
As flores brotam
Às margens do asfalto
Eu estava muito confuso
Escrevendo poesias
Nas paredes
Do teu útero
Era como se
Eu estivesse pichando
A propriedade
Privada
Como se eu estivesse
Cuspindo no poder
Porque o útero é uma
Instituição
No entanto
As lágrimas de uma mulher
Me comovem
Mas não me convencem
Pois sempre falta alguma coisa
Algo que não consigo
Descrever em palavras
Toda xota
Tem cheiro
De vida.
domingo, 22 de outubro de 2017
Ando sem poesia
Ando sem inspiração
Como um homem sem pau
Ou sem uma perna
A cidade
Em preto e branco
Em dias cinzentos
Em fotografias e nas peças de teatro
Que comentávamos
Você me disse
Deixe que os vivos
Enterrem seus mortos
Eu te perguntei
Quem consolará as mães
Dos crucificados?
Ando sem inspiração
Entre intervalos
Fumando cassetetes
Distorcendo advérbios de tempo
Mentindo
Gozando
Rindo.
Ando sem inspiração
De braguilha
Aberta
Com as tardes
Com os suores
Com os desejos.
Ando sem inspiração
Dentro de um útero
Chorando
Ao nascer.
Como um homem sem pau
Ou sem uma perna
A cidade
Em preto e branco
Em dias cinzentos
Em fotografias e nas peças de teatro
Que comentávamos
Você me disse
Deixe que os vivos
Enterrem seus mortos
Eu te perguntei
Quem consolará as mães
Dos crucificados?
Ando sem inspiração
Entre intervalos
Fumando cassetetes
Distorcendo advérbios de tempo
Mentindo
Gozando
Rindo.
Ando sem inspiração
De braguilha
Aberta
Com as tardes
Com os suores
Com os desejos.
Ando sem inspiração
Dentro de um útero
Chorando
Ao nascer.
O anonimato das palavras
Talvez sob o anonimato
Das palavras
O teu corpo nu
Esmaltado
A imensidão
De pastagens secas
A idade lhe deixou pior
Ao beijar cada parte tua
Era impossível
Não sentir por dentro
Como era bom
Foder contigo
Nas ruas
Enquanto a totalidade
Cochilava.
Nós não aprendemos nada
Nos prostituindo
Em troca de migalhas
Qual é o nome desse gás?
Que a gente
Cheirava?
Que mudava nossos humores
E fazia as horas
Passarem
Muito ligeiras?
Não foda com essas pessoas
Pensando no que passou
Você não teve escolha
Porque ainda era
Uma criança
Quando matou seus
Próprios pais.
Fale aqui
No meu ouvido
As rimas que você quer
Que eu escreva.
Das palavras
O teu corpo nu
Esmaltado
A imensidão
De pastagens secas
A idade lhe deixou pior
Ao beijar cada parte tua
Era impossível
Não sentir por dentro
Como era bom
Foder contigo
Nas ruas
Enquanto a totalidade
Cochilava.
Nós não aprendemos nada
Nos prostituindo
Em troca de migalhas
Qual é o nome desse gás?
Que a gente
Cheirava?
Que mudava nossos humores
E fazia as horas
Passarem
Muito ligeiras?
Não foda com essas pessoas
Pensando no que passou
Você não teve escolha
Porque ainda era
Uma criança
Quando matou seus
Próprios pais.
Fale aqui
No meu ouvido
As rimas que você quer
Que eu escreva.
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
O joio do trigo
Dias violentos
Naqueles momentos
Quando o cálice
Começa a se
Transbordar
Eles avisaram muito
Agora vão fumar
Sonetos
Como cigarros
Sem filtro
Depois de debulhar
O milho
Porque alguém precisa
Morrer em uma cruz
Para depois
Poderem separar
O joio do trigo.
É só tentar desatar
Que aperta ainda mais
Nas horas sangrentas
É possível tocar na dor
Vê-la com nitidez
Sentir o seu cheiro
É possível
Ser a própria dor
Sem precisar
Se transfigurar.
Sabe por que você
Odeia o drama?
Porque o muro que
Construíram ao seu redor
É um tipo de individualismo
Racionalista
Você goza ao ler
Literatura sensacionalista
Suas drogas
Têm lhe aprisionado
O seu tesão
É fuder com armas
De fogo
O seu sonho
É ser feliz
O mais egoísta dos desejos.
Aquelas prostitutas
De meias calças
Rasgadas
Também usam
Frases curtas
Como esta poesia.
Naqueles momentos
Quando o cálice
Começa a se
Transbordar
Eles avisaram muito
Agora vão fumar
Sonetos
Como cigarros
Sem filtro
Depois de debulhar
O milho
Porque alguém precisa
Morrer em uma cruz
Para depois
Poderem separar
O joio do trigo.
É só tentar desatar
Que aperta ainda mais
Nas horas sangrentas
É possível tocar na dor
Vê-la com nitidez
Sentir o seu cheiro
É possível
Ser a própria dor
Sem precisar
Se transfigurar.
Sabe por que você
Odeia o drama?
Porque o muro que
Construíram ao seu redor
É um tipo de individualismo
Racionalista
Você goza ao ler
Literatura sensacionalista
Suas drogas
Têm lhe aprisionado
O seu tesão
É fuder com armas
De fogo
O seu sonho
É ser feliz
O mais egoísta dos desejos.
Aquelas prostitutas
De meias calças
Rasgadas
Também usam
Frases curtas
Como esta poesia.
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
Hipospádia
Os transsexuais de cabelo colorido
Passaram tão depressa
Que não repararam
Uma poesia que estava
Escrita
Em um muro.
Essa poesia
Usava duplos sentidos
Para falar do mundo
Mas não havia
Sinônimos mais amenos
Para falar da vida.
Essa poesia
Não cabia em si mesma
E grita
Gritava mais alto
Era uma criança suja de placenta
Era um suicídio nos trilhos
Era só uma canção antiga.
Essa poesia
Desconstruía os nossos deuses
Estes que criamos
A prostituição
Tem sido o teu credo
A cocaína
É a divindade mais
Escandalosa
O deus mais cruel é o tempo
O mais sujo
É o contemporâneo.
Essa poesia
Repetia controvérsias
Porque falava das meninas
Que vendiam a buceta
E dos meninos
Com hipospádia.
Essa poesia
Tinha muito
A dizer.
Passaram tão depressa
Que não repararam
Uma poesia que estava
Escrita
Em um muro.
Essa poesia
Usava duplos sentidos
Para falar do mundo
Mas não havia
Sinônimos mais amenos
Para falar da vida.
Essa poesia
Não cabia em si mesma
E grita
Gritava mais alto
Era uma criança suja de placenta
Era um suicídio nos trilhos
Era só uma canção antiga.
Essa poesia
Desconstruía os nossos deuses
Estes que criamos
A prostituição
Tem sido o teu credo
A cocaína
É a divindade mais
Escandalosa
O deus mais cruel é o tempo
O mais sujo
É o contemporâneo.
Essa poesia
Repetia controvérsias
Porque falava das meninas
Que vendiam a buceta
E dos meninos
Com hipospádia.
Essa poesia
Tinha muito
A dizer.
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
Nas virilhas
Esta tua mania
De inebriar os dias
Nas mentes caóticas
Das crianças sem família
Que vão se arrastando
Em meio à luz forte
Das manhãs de muito calor
Depois de foder com marionetes
A testosterona te faz
Querer fugir
Depois de tomar
Ácido
As conclusões
São incompreensíveis
Enquanto me socavas
Verbalmente
Eu tirava tua roupa
Usando expressões
Não-verbais
Eu queria ter
Uma mente cartesiana
Para ver
Tuas verdadeiras
Cores
Quando acordas
Com os olhos
Inchados
E com poesias
Nas virilhas.
De inebriar os dias
Nas mentes caóticas
Das crianças sem família
Que vão se arrastando
Em meio à luz forte
Das manhãs de muito calor
Depois de foder com marionetes
A testosterona te faz
Querer fugir
Depois de tomar
Ácido
As conclusões
São incompreensíveis
Enquanto me socavas
Verbalmente
Eu tirava tua roupa
Usando expressões
Não-verbais
Eu queria ter
Uma mente cartesiana
Para ver
Tuas verdadeiras
Cores
Quando acordas
Com os olhos
Inchados
E com poesias
Nas virilhas.
terça-feira, 3 de outubro de 2017
Malditas fotos
Pelos caminhos escuros
Banhados de noites
Do sexo
Com cheiro de bosta
Na babilônia
Transsexuais fodem
Com relógios sem ponteiro
Você não aprendeu nada
Depois da última surra
Fui eu que novamente
Lhe ajudei
Passando sal
Nas suas feridas.
Não lhe darei cigarros
Aqui você não beberá
Não me peça aquelas
Malditas fotos
De quando nós éramos
Meninos
Agora que você
Se transformou
Em uma menina
Tente apagar o teu
Passado
Não
O meu.
Quando estiveres
Mijando sentada
Lendo
Literatura
De
Esquerda.
Banhados de noites
Do sexo
Com cheiro de bosta
Na babilônia
Transsexuais fodem
Com relógios sem ponteiro
Você não aprendeu nada
Depois da última surra
Fui eu que novamente
Lhe ajudei
Passando sal
Nas suas feridas.
Não lhe darei cigarros
Aqui você não beberá
Não me peça aquelas
Malditas fotos
De quando nós éramos
Meninos
Agora que você
Se transformou
Em uma menina
Tente apagar o teu
Passado
Não
O meu.
Quando estiveres
Mijando sentada
Lendo
Literatura
De
Esquerda.
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